Jogos Eletrônicos: Hobby e Entretenimento Virando Profissão

Jovens transformam jogos eletrônicos em profissão, gerando entretenimento e faturam alto. 

Controle de videogame futurista
Imagem: vecstock no Freepik

Caro leitor, você já ouviu falar em eSports? O termo eSportes designa competições de jogos digitais. Você sabia que esse segmento no mercado de trabalho tem se revelado um dos mais lucrativos nos últimos tempos, gerando emprego e renda?

É sobre isso que falaremos neste artigo.

"Videogame, coisa de criança!"

Esse clichê é uma grande mentira que não faz mais sentido. Pessoas de todas as idades, ao redor do mundo, tem o videogame como um grande passatempo, uma paixão, um hobby. E até mesmo como profissão.

O que dizem as estatísticas?

Segundo a Pesquisa Game Brasil (PGB), que anualmente levanta dados de mercado sobre o mundo dos videogames, a maior parcela de jogadores, 16,2% se concentra na faixa etária dos 25 a 29 anos, seguida por outra parcela de 16,1%, entre 30 e 34 anos.

Dizer que videogame é coisa de criança é uma inverdade ou, com muita gentileza, podemos afirmar que não retrata com precisão a realidade atual.

Conforme a consultoria Newzoo, somente em 2021, a indústria global de games movimentou US$ 175,8 bilhões. As projeções para 2024 são animadoras. Ainda, um levantamento divulgado pela Euromonitor, prevê que o mercado de games deve movimentar US$ 219 bilhões em 2024. Esses números apontam para o grande crescimento desse ramo do entretenimento.

E por que não aliar o lazer, o prazeroso, a obtenção de renda?

eSports: Febre do momento

A nova febre do momento é o mercado de eSports. Várias profissões foram engolidas pela modalidade, que alia o prazer e lazer de jogar com a possibilidade de obter renda.

Imagem: Freepik

Exemplos de sucesso nesse contexto não faltam. Gustavo Vilas Boas, "Nenesk”, jogador de Axie Infinity, disse em entrevista ao Correio Brasiliense, que jovens que desejam ingressar nesse meio são muitas vezes desencorajados. "No começo, ninguém apoia. Acredito que atualmente a situação seja um pouco melhor, pois vemos a expressividade do mercado de games e o crescimento acelerado que ele vem tendo. Acho que os gamers são cada vez mais respeitados. Além disso, temos muitos criadores de conteúdo e streamers de sucesso", disse Gustavo.

Adesão crescente do Brasil aos jogos

O Brasil vem apresentando uma crescente adesão aos jogos, registrando aumento de 140% em 2020, cravando a terceira maior audiência em eSports. 

De olho no futuro dos jogos em competições internacionais, Gustavo afirma que não vê os games apenas como uma necessidade pessoal. E frisa a importância desses desafios na educação básica para crianças. "Isso pode orientá-las a pensar até mesmo em se profissionalizar nessa área", disse o gamer, ao Correio Brasiliense.

Criadores de conteúdo.

Um mega sucesso na internet, Monique Alves, produtora e idealizadora do site residentevildatabase.com, faz da sua paixão por jogos eletrônicos, um trabalho sério, levando informações e entretenimento ao público, por meio de suas mídias sociais, e principalmente em seu canal no YouTube, que conta com mais de 150 mil inscritos.

Na plataforma de vídeos, Moni, assim que é chamada pela maioria de seus fãs e seguidores, faz análises de lançamentos, leva noticias e informações sobre novos lançamentos, além de Gameplays, lives em geral e entrevistas com personalidades, como por exemplo, a entrevista com a atriz Milla Jovovich, que protagonizou os filmes de Resident Evil dirigidos por Paul Anderson, dando vida a polêmica personagem “Alice”.

Monique, um mega sucesso no nicho de jogos de survivor-horror, é um exemplo de como fazer sucesso e renda no mercado de jogos de videogame.

Ana Maria Braga, também gosta de videogames.

Sim. Exatamente isso que você acabou de ler.

Embaixadora da PlayStation, no Brasil, a apresentadora do programa Mais Você, da TV Globo, é apaixonada por videogames e joga desde os anos 1980 — inclusive nos computadores.

O ator Antônio Fagundes também disse em entrevistas que é fã de The Last of Us e Resident Evil. Isso mostra que o mercado é variado, composto por pessoas de várias faixas etárias.

Diante desse panorama, fica claro que os jogos eletrônicos não são apenas uma atividade de lazer, mas uma indústria crescente, capaz de transformar hobbies em profissões lucrativas e reconhecidas. A ascensão dos eSports e o surgimento de figuras proeminentes demonstram a amplitude e o alcance desse mercado.

O cenário diversificado, que vai desde competições profissionais até a criação de conteúdo, reflete uma indústria em constante evolução e adaptabilidade. O advento dos videogames como profissão é uma realidade em ascensão, atravessando gerações e consolidando-se como um setor promissor para o entretenimento e o mercado de trabalho contemporâneo. 

Por: Juliano Cesar Amulinari Cardoso  
Edição: Tiago Matys

Apoie nos com um café ou compartilhando a página.